Certamente você já se deparou com habilidades soft skills e hard skills. De fato, empresas buscam funcionários cada vez mais atualizados às novas demandas do mercado. Há alguns anos, as chamadas Hard Skills eram as competências mais exigidas por empregadores. Contudo, a mudança do cenário pede uma atualização da força de trabalho. As então Soft Skills, passaram a ser vislumbradas no âmbito profissional.

Embora não sejam características novas, as nomenclaturas estão muito utilizadas na tentativa de separar o tipo de aptidão apresentado por cada profissional. Entender seus conceitos é, portanto, fundamental para avaliar a qualificação de um candidato, ou mesmo para mensurar a importância de um colaborador.

Soft Skills e Hard Skills

Skills, em tradução livre, significa habilidades – o que deixa claro que ambas tratam de aptidões de uma pessoa. As hard skills, em resumo, são aquelas que se podem medir, ou seja, conhecimentos adquiridos através de diplomas. Pode-se dizer que são as capacidades técnicas, como graduações, cursos, mestrados, doutorados, conhecimento em línguas estrangeiras e na operação de máquinas e ferramentas.

As Soft Skills, por sua vez, são capacidades sociocomportamentais. Em outras palavras, aquelas ligadas diretamente às aptidões mentais do ser humano. Contudo, são mais difíceis de compreender, uma vez que envolvem mais que um curso ou um certificado. Elas abrangem toda a experiência psicossocial de uma pessoa. Como exemplos: relacionamento interpessoal, persuasão, senso de liderança, capacidade analítica, proatividade etc.

Embora sejam mais difíceis de serem medidas (e ensinadas) sua importância vem crescendo. Afinal, de nada adianta capacidades técnicas (Hard Skills) se o profissional não tem condições de lidar sob pressão, se comunicar ou trabalhar em ambientes colaborativos.

Por que desenvolvê-las?

Para entender a importância do tema, uma pesquisa, realizada pela ManpowerGroup® com 26 mil empregadores em 43 países, indica que um terço dos empregadores está investindo no treinamento dessas habilidades nos seus funcionários. No Brasil, onde foram ouvidos 450 empregadores, esse percentual é de 43%.

“Estamos no meio de uma Revolução de Competências. A tecnologia está transformando as organizações. Assim, as demandas por competências estão mudando rapidamente e sabemos que as empresas estão com dificuldade para encontrar o talento que precisam. Pessoas com as habilidades necessárias, que conseguem continuamente aprender e se adaptar, podem ter mais opções. Aquelas com habilidades comuns têm diante de si estagnação de salários e insegurança, o que influencia na política, protecionismo e populismo”, considerou o presidente e CEO do ManpowerGroup®, Jonas Prising, no estudo.

Para ele, é preciso ajudar as pessoas a pensar de forma diferente. “Neste mundo digital, o sucesso nem sempre exigirá um diploma universitário, mas dependerá fortemente da sede pelo desenvolvimento contínuo de competências.”

Assim, prossegue o CEO no estudo, “com a combinação das competências certas, as pessoas irão incrementar em vez de competir com a tecnologia. E, como líderes, ajudar as pessoas a aprimorar suas competências e se preparar para o futuro será o desafio que definirá nossa época”.

Revolução de competências

Embora as previsões a longo prazo falem de extremos com robôs substituindo humanos em todos os âmbitos, a pesquisa da ManpowerGroup® mostra o contrário. 81% dos empregadores brasileiros planeja aumentar ou manter o número de funcionários como resultado da automação pelo terceiro ano consecutivo.

Em vez de reduzir oportunidades, as organizações estão investindo na tecnologia digital, transferindo tarefas a robôs e criando empregos. “Ao mesmo tempo, as empresas estão investindo em maiores qualificações para que a sua força de trabalho humana possa desempenhar funções novas e complementares às desempenhadas pelas máquinas.” A porcentagem de empresas que prevê perdas de postos de trabalho, por outro lado, é de apenas 14%.

Ademais, é crescente também o número das empresas que estão automatizando e confiantes em aumentar o número de funcionários. Dos 41% das empresas que irão automatizar tarefas nos próximos dois anos, 24% irão criar mais empregos. Isso significa seis pontos percentuais a mais do que aquelas que não planejam a automação.

Habilidades humanas

Vale alertar que não adianta buscar capacitações emocionais apenas por buscar. Primeiramente, é importante identificar o propósito e saber qual a demanda específica. Isto é, do papel que a pessoa vai assumir, cultura da empresa, bem como, momento que a cia está e qual o resultado quer atingir para. A partir disso, potencializar o desenvolvimento dos profissionais de uma forma acertada.

Cada vez mais cabe ao profissional ser responsável pelo resultado que ele traz. Dessa forma, quanto mais os empregadores desenvolverem este protagonismo no âmbito profissional, mas ele tende a ficar na empresa.

Entenda a diferença entre Soft Skills e Hard Skills

Soft Skills

Habilidades comportamentais: envolvem aptidões mentais, emocionais e sociais.

Exemplos: comunicação, relacionamento interpessoal, networking (rede de contatos ativos), ética, empatia, motivação etc.

Hard Skills

Habilidades técnicas: são aquelas que podem ser quantificadas.

Exemplos: graduação, certificação, cursos como contabilidade, comunicação social, engenharia, além de cursos técnicos etc.

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